F.5 – Osvaldo Teixeira Férrer
Nasceu na cidade de Lavras da Mangabeira no dia 20 de setembro de
1894. Casou-se com A ugusta de Alencar Feijó Benevides (Augusta Benevides
Férrer), que Nasceu em 31 de julho de 1901 em Mombaça e Faleceu no dia 21
de Maio de 1979. Texeirafaleceu no dia 16 de setembro de 1968.
Preito de Amor e Gratidão
Aos pais: Osvaldo Teixeira Férrer e Augusta Benevides Férrer
Ah se eu conseguisse ser sucinta naquilo que desejo escrever sobre os meus
queridos e inesquecíveis Pais!
Mas quando penso neles meu coração se elastece pela riqueza de detalhes
de tudo aquilo que foram e significam para nossa Família.
Ele natural de lavras da Mangabeira.
Ela natural de Mombaça (antiga Maria Pereira).
Pais mansos, humildes, tranqüilos, dedicados, responsáveis e amorosos,
sem, contudoesquecerem-se de ser determina dos nas suas decisões e momentos
precisos, valor imprescindível àqueles que na terra recebem a responsabilidade de
tão nobre e bela missão de guiar e educar os filhos que lhe são confiados. É
incomensurável os valores por eles transmitidos, são portas para o nosso
crescimento e evolução.
Recordo que alguém me contou que quando meu pai conheceu minha
mãe, já estava comprometido com outra jovem lavrense. Entretanto se enamorou
imediatamente pela Augusta, que na época estava com 18 anos e era uma bela
moça, trazendo na essência de seu nome toda a pacificidade que lhe era peculiar.
Apaixonaram-se e no ano de 1920 tornaram-se marido e mulher pela Lei
de Deus. Ela com 19 anos e ele com 26. Belo Casal!
No dia 10 de junho de 1922, nasceu o primeiro fruto do seu amor – Rui,
abrindo um leque de 12 (doze) filhos – oito homens (Rui, Rubens, Boanerges,
Evaldo, Ramüller, Benito Osvaldo e Kleber), este último partiu pequenino
dilacerando os corações dos pais; e, quatro mulheres (Maria José, Marlene,
Marilande e Mirian). A matriarca ainda teve três insucessos nas gestações.
A luta foi grande, mas a vitoria foi maior, pois entre eles existia muito
amor, cumplicidade e sabedoria, pois unidos lutaram contras as dificuldades e
sacrifícios daquela época, tendo como objetivo dar aos filhos uma condição de
vida digna, capaz de se tornarem adultos equilibrados.
Entrelaçando as virtude e qualidades deles, conseguiram com muita
dignidade ser “vitoriosos”, transpunham com muita abnegação e coragem as
barreiras e desafios, pois não eram afortunados.
Enveredaram pelo comércio de forne cimento, atuando nas cidades de
Lavras, Iguatu e Icó, desenvolvendo o seu trabalho com muita galhardia.
Depois que meu pai constituiu a sua família, moraram sempre na
conhecida e histó rica “Casa Verde” (onde nasceram e foram criados seus filhos),
de proprie dade do seu cunhado – irmão Coronel Raimundo Augusto Lima,
casado com a sua irmã Cira Férrer Lima, criatura divina, de virtudes
inigualáveis e que marcou a vida de todos aqueles que tiveram a doce e feliz
chance de com ela conviver.
Entre eles existia uma amizade sólida, fiel e uma grande afinidade.
Apesar de nunca ter exercido cargo político, era um político “nato”, leal
companheiro do Coronel Raimundo Augusto nas batalhas e lutas de sua atuação.
Apesar da sua mansidão, papai era um homem forte e corajoso.
Já com 10 filhos, incentivado e apoiado pela minha mãe, resolveram
enfrentar uma mudança radical de vida, deixar o interior para morar em
Fortaleza.
Aqui nasci!
Os horizontes e os caminhos foram iluminados po r Deus e N. Senhora, a
quem fui confiada na hora do meu batismo, na Igreja dos Remédios. No meu
batistério consta como minha Madrinha N.S da Conceição. Que benção!
Papai foi nomeado funcionário público da SUDEPE – Superintendência
do Desenvolvimento da Pesca, onde foi aposentado. As oportunidades foram
crescendo, com a valiosa colaboração da Matriarca – mulher extraordinária e
muito dinâmica que, usando da sua determinação e coragem, conseguiu
empregos em órgão publico federal Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
IBGE, para quatro filhos (onde se aposentaram), casa própria, bons colégios para
educá-los, colhendo assim os frutos que juntos plantaram.
Que exemplo e bela historia de amor e cumplicidade dos nossos Pais.
Merecem aplausos!
Deixaram um legado que nortearam as nossas vidas de muita
perseverança, confiança em Deus, fidelidade, tolerância, paciência, aceitação,
meditação, responsabilidade, etc.
Nos seus momentos de tristeza e sofrimento, quando da perca do Rubens,
aos 31 anos de idade e já bem estabilizado na vida como comerciante, deixaram –
nos um grande exemplo de resignação e fé em Deus, que foram o sustentáculo das
suas vidas para conseguirem sobreviver a grande e imensurável partida de um
filho, deixando viúva sua companheira, amante e amiga, de uma feliz união de
12 anos – Zélia Torres Férrer, foi uma heroína, com 30 anos de idade, ficando
órfãos 7 (sete) filhos, a mais velha com 11 anos e o mais novo com apenas 5
(cinco) dias de nascido. No seu epitáfio a seguinte e emocionante inscrição:
“Fostes à primeira flor a murchar
no lindo jardim da nossa vida,
com apenas 31 anos de idade.
Regarei os sete botõezinhos,
que são nossos filhos,
com a água pura do teu exemplo,
relembrando-te com saudade,
preces e lágrimas.”
Dentre as muitas alegrias q ue tiveram, vale à pena ressaltar o dia 31 de
julho de 1951, cinqüenta anos da mamãe, ela muito bela foi gratificada com a
escolha da data para celebrar o casamento do Boanerges e Isalda, selando assim o
grande amor deles, homenageando a nossa mãe modelo.
Quero finalizar com as expressões lindas do Padre Zezinho, na sua
música UTOPIA, que muito bem retrata a felicidade de uma família:
“Das muitas coisas
do meu tempo de criança
guardo vivo na lembrança
o aconchego do meu lar”
Usando de muita confiança, faço das minhas palavras, as dos meus
irmãos, pois entre nós sempre existiu muita força, união e amor fraternal.
Da filha que guarda sempre viva a imagem doce dos seus Pais, embalada
numa indelével SAUDADE.
Mirian
Em, 21-01-2014.
Do matrimônio nasceram:
N.5.1. Rui Benevides Férrer
N.5.2. Rubens Benevides Férrer
N.5.3. Boanerges Benevides Férrer
N.5.4. Evaldo Benevides Férrer
N.5.5. Ramuller Benevides Férrer
N.5.6. Benito Benevides Férrer
N.5.7. Maria José Benevides Férrer
N.5.8. Marlene Benevides Férrer
N.5.9. Osvaldo Benevides Férrer
N.5.10. Marilande Benevides Férrer
N.5.11. Mirian Benevides Férrer