F.11 – Sandoval Teixeira Férrer (Sacerdote)
O cônego Sandoval Teixeira Férrer, uma das mais expressivas figuras do
clero secular paraibano, nasceu no sítio Cachoeiras, município de Lavras da
Mangabeira, aos 14 de março de 1903, e não aos 11 de março de 1904, como
querem Leonardo Mota, Raimundo Girão e Antônio Martins Filho.
Aprendeu as primeiras letras na fazenda Cabaceiras, de propriedade dos
seus progenitores, o coronel Vicente Férrer de Araújo Lima e Maria Teixeira de
Araújo (Mariinha Férrer), e as recebeu dos professores Henrique Augusto de
Aquino e Afonso César Targino Filho.
Foram seus avós paternos Raimundo de Araújo Lima e Ana Gonçalves da
Silva (Naninha dos Pereiros), e maternos, Vicente Teixeira Mendes e Silvéria
Bernardina Sobreira (Sinhara), todos naturais do município de Lavras.
Depois do aprendizado das primeiras letras, matriculou -se na Escola
Pátria e Dever, do Professor Joaquim Genu, que marcou época na história
educacional de Lavras da Mangabeira. Em referida escola, com alguns colegas,
atuou na revista literária A Pena.
Em começos de 1922, ingressou no Colégio Diocesano do Crato e daí
passou para o Seminário Episcopal da mesma cidade, do qual seria desligado
em 1934, por razões de indisciplina e inaptidão para os estudos teológicos,
mesmo em que pese haver exercido as funções de prefeito de disciplina do
mesmo Seminário.
No ano seguinte, contudo, retomaria o aprendizado teológico, desta feita
no Seminário de João Pessoa, ordenando- se sacerdote em Cajazeiras, na
Paraíba, aos 26 de janeiro de 1936. A primeira missa cantou -a em sua terra
natal, um dia após a ordenação sacerdotal.
Em fevereiro de 1936, foi nomeado coadjutor de Catolé do Rocha e já , em
começos de 1937, via -se designado pároco de Brejo do Cruz, ali havendo
tomado posse aos 24 de janeiro de 1937, demorando-se nesse município por um
período de trinta ininterruptos anos.
Como pároco de Brejo do Cruz realizou trabalho apostólico e
humanístico edificante, tendo sido, inclusive, agraciado com o título de Cônego,
hasteando assim o seu nome nas páginas da história eclesiástica da Paraíba.
Transferindo-se para Cajazeiras, em 1967, nesta cidade, continuou no exercício
do seu munus sacerdotal, agora como cooperador da administração diocesana,
funções que desempenhou até a data do seu falecimento, ocorrido em Lavras da
Mangabeira, aos 25 de janeiro de 1975.