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F.4 –   Maria Teixeira Férrer Linhares  (Myriam)

F.4 – Maria Teixeira Férrer Linhares (Myriam)

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Maria Teixeira Férrer Linhares (Myriam)
Maria Teixeira Férrer Linhares (Myriam)

Nasceu em Lavras da Mangabeira em 20 de outubro de 1901. Casou -se
com Dr. José Gonçalves Linhares, em 10 de setembro de 1917. Dedicou -se
inteiramente à família. Faleceu precocemente aos 27 anos, vítima de
tuberculose, moléstia para a qual não havia ainda tratamento.
Sobre José Gonçalves Linhares: Neto, pelo lado paterno, do Capitão
Francisco Gonçalves Linhares e de Josefa Teresa de Jesus Linhares e, pelo lado
materno, de Liberalismo Gonçalves Correia e Dona Florinda de Castro
Filgueiras, nasceu José Gonçalves Linhares na Vila de São Vicente das Lavras,
aos 23 de agosto de 1882, como primogênito da união de Firmino Gonçalves
Linhares com Josefa de Castro Filgueiras.
O pai, misto de farmacêutico e político, em Lavras chefiou a facção local
do Partido Cruz Saldanha e ali fundou a tradicional Farmácia Linhares,
atividade comercial da qual se constituiria pioneiro, não só em Lavras da
Mangabeira, mas em todo o interior da Província do Ceará.
Além destas e de outras relevantes circunstâncias a ditar -lhe exemplos no
ambiente familiar, José Gonçalves Linhares já trazia do berço a
responsabilidade da preservação da cultura e da honorabilidade dos seus
ancestrais.
Entre os seus tios paternos, já em fins do século dezenove, alcançavam
verdadeiras consagrações os nomes do desembargador Manoel Clodoaldo
Linhares, Governador Interino e Procurador Geral do Estado do Espírito Santo,
e do Monsenhor Miceno Linhares, Deputado à Assembléia Provincial cearense
e uma das figuras de maior relevo da história eclesiástica do Ceará.
Depois do aprendizado das primeiras letras, assimiladas na escola Pública
de sua terra, então dirigida pelo Prof. José Afonso Pereira Moreno, transferiu- se
para Fortaleza, aqui matriculando -se no Liceu do Ceará, onde concluiu os
estudos primários e secundários e onde realizou alguns preparatórios.
Ingressando na Faculdade de Farmácia e Odontologia do Ceará, ali
graduou-se Farmacêutico , aos 23 de fevereiro de 1918, como integrante da
primeira turma de formandos da citada instituição.
Diplomado, regressou à terra natal, ali assumindo a direção da farmácia
fundada pelo seu genitor, mister ao qual dedicou- se com a abnegação de um
monge. Sua fama de esculápio atravessou as fronteiras da municipalidade
lavrense, fazendo com que doentes de outros municípios viessem bater à porta
da sua botica.
Em Lavras da Mangabeira, entrou para as hostes da União Democrática
Nacional (UDN), cujo diretório municipal ajudou a criar. Como udenista,
continuou fazendo oposição aos que, sem uma razão histórica plausível,
continuavam como senhores absolutos do poder.
À frente da Prefeitura de Lavras da Mangabeira realizou administração
operosa e progressista, dotando a cidade de melhoramentos que ainda refletem
as suas aptidões de homem público.
Sua preocupação maior, contudo, estava voltada para as especialidades
farmacêuticas. Nesse tempo, além do exercício da profissão à frente da
tradicional Farmácia Linhares , destacou-se como exímio preparador de
fórmulas medicinais que, se devidamente registradas, hoje talvez estivessem
rendendo uma fortuna para a família.
De sua autoria, conhecidas são as composições que batizou com os nomes
de Biosan, Odolina, Calicidina, Dermilina, Pó Antiasmático Linhares, Firmo –
Xarope e Elixir Estomacal Linhares, isto além de outras prescrições que o
projetaram nos meios farmacêuticos do Ceará e, especialmente, no seio da
comunidade lavrense.
Suas qualidades de beletrista o levaram ainda a enveredar pelos caminhos
da ficção, sendo de registrar que, sob o título de Esculapianas, chegou a reunir
em livro uma coleção de contos que tencionava publicar, a qual se extraviou,
juntamente com outros escritos de sua autoria.
Quando faleceu, segundo registro de alguns jornais de Fortaleza,
encontrava-se preparando uma memória histórica sobre o município de Lavras,
a qual, infelizmente, tomou o destino das suas demais anotações.
Em primeiras núpcias, o Dr. José Linhares matrimoniou -se com Maria
Mirian Férrer Linhares, sua conterrânea, filha do Coronel Vicente Férrer de
Araújo Lima e de Maria Teixeira Férrer.
Morrendo-lhe a consorte, contraiu um segundo casamento, desta feita
com a pintora Maria da Conceição Esteves Linhares, fortalezense, filha de Luiz
Antônio Esteves e de Maria Farias Esteves.
Do primeiro enlace, nasceram -lhe os seguintes rebentos: Miceno Férrer
Linhares, Maria Pia Linhares de Sá e Dulce Linhares Garcia. Do segundo,
procede o ilustre poeta e ensaísta Linhares Filho, membro da Academia
Cearense de Letras e professor do Centro de Humanidades da UFC.
Em 1959, liquidou suas atividades em Lavras da Mangueira e transferiu –
se com a família para Fortaleza, aqui prosseguindo nas funções de farmacêutico,
no bairro Monte Castelo, onde fixou residência e fez ressurgir a sua tão querida
Farmácia Linhares, tendo falecido dia 4 de dezembro de 1968, como decano dos
farmacêuticos do Ceará.
N.4.1 José Linhares Filho – falecido criança
N.4.2 Dulce Férrer Linhares
N.4.3 MecenoFérrer Linhares
N.4.4 Maria Pia Férrer Linhares
N.4.5 Mirian Férrer Linhares – falecida criança
N.4.6 Maria de Lourdes – Falecida criança

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