N.2.1 – Maria Augusto Férrer Lima – Moreninha
Maria Augusto Férrer Lima ou More ninha Augusto, como era conhecida,
nasceu na fazenda São Domingos, município de Lavras da Mangabeira, aos 7 de
maio de 1910.
Aprendeu as primeiras letras no Grupo Escolar da sua terra natal.
Posteriormente, frequentou o Colégio das Irmãs Dorotéias em Cajazeiras, na
Paraíba e em Fortaleza, concluindo os estudos secundários no Colégio Santa
Teresa, do Crato, onde se diplomou professora, aos 27 de novembro de 1932.
No ano posterior, ingressou no magistério público estadual, mediante ato
do Interventor do Ceará, Roberto Carneiro de Mendonça, que a nomeou para
exercer o cargo de Professora do Grupo Escolar de Lavras da Mangabeira.
Pouco tempo depois, foi investida na função de Diretora do mesmo
estabelecimento de ensino, em cujo desempenho permaneceu até 1947,
quando viajou para o Rio de Janeiro.
Ali, ingressou na Escola de Serviço Social da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro, por onde se graduou em Serviço Social, em 1952,
obtendo o diploma de Assistente Social com a tese – Uma Experiência de
Serviço Social de Grupo (Rio, Gráfica Olímpica Editora, 1952).
Foi uma das primeiras mulheres a se graduar em Serviço Social , no Brasil,
e a primeira cearense a se diplomar nessa profissão, em curso de nível superior.
Formada, regressou ao Ceará, onde, por alguns anos, desenvolveu
atividades profissionais como Assistente Social do Tribunal de Contas dos
Municípios – TCM, então denominado Conselho de Assistência Técnica aos
Municípios.
O que marcou, contudo, a sua vida profissional , foi a brilhante atuação
como Assistente Social do Serviço Social da Indústria, no Rio de Janeiro, onde
exerceu as funções de Chefe do Setor Social d o Departamento Nacional do
SESI.
“Mulher inteligente e perspicaz”, na feliz expressão do seu irmão, o Dr.
Vicente Férrer Augusto Lima, a Dra. Moreninha Augusto faleceu no Rio de
Janeiro, aos 22 de novembro de 1981, sendo, no entanto, sepultada no cemitério
da sua terra natal.
Em 2008 e 2009, respectivamente, foi eleita Patrona da Academia Lavrense de
Letras e da Academia de Ciências Sociais do Ceará, numa prova inconteste da
sua liderança social e cultural, para honra e glória do município que a viu
nascer.